Vaidade
ancestral ...
Três dos principais produtos de beleza já existiam na Antiguidade:
Sombra
A mais antiga das maquiagens era usada pelos
egípcios milênios antes de Cristo, conhecida como kohl. Fragmentos desse pó
escuro - uma mistura do mineral malaquita com carvão e cinzas -, que servia
para realçar os olhos, foram encontrados em vasos nas tumbas de Menes, faraó da
primeira dinastia egípcia, de cerca de 3000 a.C.
Kajal é o nome hindu de kohl, uma mistura de ingredientes utilizada como tinta para os olhos desde a Idade de Bronze . As rainhas egípcias utilizavam a tinta como protetora de doenças/infecções.Em algumas castas da Índia e do Egito, o kohl era aplicado em bebês e crianças como proteção contra o ‘olho do diabo’, ou, em outras palavras, inveja. Há ainda a preocupação com o uso de kajal caseiro, pois foi constatada uma grande e tóxica presença de chumbo.
Rouge
Pode ter sido
na Grécia Antiga que surgiu o primeiro antepassado do rouge. Segundo relatos do
dramaturgo Aristófanes, na Atenas do século V a.C. as mulheres já utilizavam
matérias-primas como gordura e tinta vermelha para produzir esse tipo de efeito
corado nas faces. A tintura era obtida de raízes vegetais
Batom
Também na Roma
Antiga, as mulheres misturavam ingredientes como papa de cevada, chifre de
veado moído, mel e salitre para produzir pastas à base de gordura que eram
aplicadas nos lábios, como um batom primitivo. Mas, nessa época, isso servia
mais para proteger os lábios do ressecamento do que para embelezá-los
Cores naturais de minérios, argila e fuligem davam os
tons da maquiagem primitiva
Vermelho
Na
Antiguidade, maquiagens com esse tom continham óxido de ferro, tirado de rochas
moídas
Preto
A cor vinha de
compostos contendo elementos básicos, como carvão, cinzas e fuligem.
Verde
Era obtido a partir
de um minério de cobre chamado malaquita, que tem coloração esverdeada
Amarelo e ocre
A principal
matéria-prima usada para produzir esses tons era a argila
História da maquiagem resumida.
Os mais antigos indícios achados por arqueólogos datam do Egito Antigo,
por volta de 3000 antes de Cristo. "Considerada uma arte pela civilização
egípcia, a maquiagem se originou com o kohl", afirma a físico-química Inês
Joeques, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O kohl é um pigmento
preto ainda hoje usado como sombra - isto é, para sublinhar o contorno dos
olhos e escurecer cílios e sobrancelhas. Esse e outros antepassados da
maquiagem também seriam desenvolvidos milênios mais tarde na Europa, tanto na
Grécia como na Roma antigas, onde embelezavam não apenas as mulheres, mas
igualmente os homens. Após a queda do Império Romano (no século V d.C.), porém,
o uso desses produtos foi praticamente abandonado na maior parte do continente
europeu e, durante toda a Idade Média, o pensamento religioso falou mais alto
que a vaidade. A maquiagem só ressurgiria com força a partir do século XV,
quando a Itália e a França se tornaram os principais fabricantes de produtos de
beleza.
Nessa época, o uso de maquiagem era privilégio de reis, cortesãos e
aristocratas, que apreciavam principalmente o pó-de-arroz e pomadas coloridas
que serviam para pintar os lábios. Somente no século XVIII é que tais artefatos
começaram a se popularizar, mesmo não sendo bem aceitos em todos os países. Na
Inglaterra, por exemplo, mulheres mais conservadoras evitavam usá-los por
considerá-los vulgares e associá-los a costumes pouco respeitáveis. Esse
preconceito inglês - compartilhado também pelos americanos - só acabaria no
início da década de 1920, que deu o impulso que faltava para a maquiagem se
transformar em mania mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE SEU COMENTÁRIO: